Neste artigo propusemo-nos a estudar os procesos de transição —sociais e culturais— da sociedade popular chilena em fins do século XIX e início do século XX, a partir das situações de conflito, geradoras de tensões nas relações entre os sujeitos populares, o Estado e as elites dominantes. A explicação analítica mais relevante deste estudo são as manifestações de violência realizadas por sujeitos populares em diferentes regiões do território nacional. Particularmente, interessa-nos analisar as dimensões teóricas do motim urbano, a revolta dos mineiros e a formação de grupos de revoltosos armados na zona rural.