Dada a natureza polissêmica da justiça social, ao menos duas identidades pedagógicas têm sido estabelecidas no campo da educação musical. Especificamente, a identidade empresarial implica pedagogias técnicas que não abrem espaço para a reflexão, enquanto a identidade ativista aponta para o desenvolvimento da agência política. O objetivo deste estudo é explorar a identidade pedagógica fomentada a partir da justiça social nos programas de formação inicial de professores de música. Foi realizado um estudo de casos múltiplos, utilizando o Questionário sobre Justiça Social na Formação de Professores de Música, aplicado a 48 estudantes universitários de três universidades chilenas. Os resultados revelam que, segundo a percepção dos participantes, prevalece o incentivo à identidade empresarial, já que os conteúdos relacionados à justiça social são pouco abordados nas disciplinas universitárias, a ponto de se idealizar o sistema escolar. Conclui-se que os programas universitários não promovem a construção de uma identidade ativista comprometida com a justiça social.